E filmes?
Damos sempre uma oportunidade ao Sr. Night, não é?
Há coisas boas em Trap. A indústria musical e o conceito filme-concerto funcionam muito bem aqui, com todas as idiossincrasias associadas às massas. Do meio para o final é o descalabro. O filme não precisava ser tão longo nem tão irritante, cheio de acções completamente idiotas e irrealistas por parte das personagens. A pessoa vê até ao final para comprovar o quão mau consegue ficar e não se desilude: só piora e anula todos os pontos positivos que se arrancam à força até perdermos a esperança. Mais uma vez.
Já Caddo Lake foi uma boa surpresa, não sendo uma obra-prima, entretém, não aborrece e tem estrutura. A atmosfera em que a história se desenrola, o pântano, as habitações coladas ao rio, as deslocações de barco, soam quase a fantasia sem o serem. Foi satisfatório seguir as pistas e compreender que tipo de filme tínhamos à frente; a critica à exploração da natureza, à acção humana invasiva e destruidora, encaixa bem na narrativa e oferece-nos um principio, meio e fim. O bom elenco só reforça a sensação de tempo bem passado em frente à televisão. Só quando estava a escrever isto é que percebi que tinha a mãozinha do Sr. Night. Afinal há esperança!