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Abr24

A Mãe de Frankenstein de Almudena Grandes

Cláudia F.

No rescaldo do Misericórdia, decidi ler este que tinha requisitado na biblioteca, juntamente com mais quatro bem grandinhos, convencidissima que ia lê-los todos. Li três, abandonei um e nem tentei outro.

Foi a primeira experiência com esta escritora e não me deixou com vontade de ir ao segundo. Sinto que esta publicação também vai ser do contra. Juro que não é propositado e eu não sou assim tão irritante.

A Mãe de Frankenstein foi uma leitura chata, arrastada. É mais do mesmo: temos o médico que em jovem se viu obrigado a fugir do fascismo, a influência do regime em todas as esferas sociais, misturado com a religião católica, os judeus que escaparam dos nazis, as más condições dos hospitais para doentes mentais e a ausência de direitos e liberdade das mulheres. Preferia que a escritora se focasse só no manicómio, no crime de Aurora Rodriguez Carballeira e na eugenia (como era tão aclamada nos núcleos científicos e intelectuais, da direita à esquerda). Há demasiado ruído que se reflecte no número de páginas. Imaginem uma estante com frascos, cada um contendo um assunto, acontecimento ou conceito, organizada por temas e épocas. Almudena agarrou em vários frascos, da mesma prateleira, conforme conseguiu (caiu-lhe o dos campos de concentração, menos mal!) e escreveu A Mãe de Frankenstein.

Evito ler este género de livros simplesmente por não me acrescentarem. Funcionarão muito bem para todo um outro grupo de leitores. Não funcionam para mim pois sinto que estou a reler histórias que já conheço ou acontecimentos/situações/personagens que já se cruzaram comigo, se não em livros então no cinema. A Segunda Guerra Mundial é um tema para lá de esgotado. Ultrapassa-me a insistência na criação de livros que abordam esta época. Não que não seja importante ler sobre, só temos já publicados uma imensidão de livros assim, para os mais variados gostos. Tirando raras excepções, como o caso do livro Soldados de Salamina de Javier Cercas que li com anos de atraso e me deixou deitada em posição fetal, a chorar que nem uma bebé.

É o clássico caso do "não és tu, sou eu".

 

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